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CITEVE “reforça” métodos para avaliação da compatibilidade biológica
O desenvolvimento tecnológico permitiu à ITV desenvolver novos e melhores produtos, indo ao encontro das necessidades quer do sector público quer do sector privado. Colorações mais vivas e duráveis, fibras mais macias, tecidos e malhas resistentes às condições climatéricas ou com propriedades antimicrobianas são alguns dos exemplos das propriedades requisitadas e apreciadas.

No entanto coloca-se a questão: até que ponto estas propriedades são compatíveis com a pele dos utilizadores? A exposição prolongada a estes aditivos poderá desencadear processos de irritação?

É para ajudar a responder a essa questão, entre outras, que os laboratórios do CITEVE estão a "reforçar" os métodos para avaliação da compatibilidade biológica. Ao reportório de ensaios para a avaliação da eficácia antimicrobiana, e ao atual método (ISO 10993-5) que avalia a citotoxicidade dos materiais e auxilia na previsão dos seus efeitos biológicos, encontra-se em implementação o referencial normativo ISO 10993-10.

Esta metodologia permite avaliar o potencial de irritação dos dispositivos médicos. Várias metodologias são propostas neste referencial, e embora predomine no mesmo a referência à utilização de técnicas in vivo (uso de seres vivos na sua totalidade ou seus órgãos), existe uma alternativa in vitro (ensaios que usam células, microrganismos ou biomoléculas fora do seu contexto biológico normal) que recorre à utilização de modelos de epiderme reconstruída (RhE models) para prever possíveis efeitos nocivos no utilizador final.

Como o nome indica estes modelos apresentam a mesma estrutura que a epiderme do ser humano, e resultam da recolha de queratinócitos (células predominantes na pele, com alta capacidade de diferenciação nos diferentes tecidos que a compõem) e sua sedimentação numa membrana de policarbonato. Após um criterioso procedimento, estas células diferenciam-se e originam uma nova epiderme, completamente funcional e que mimetiza uma epiderme normal.

A utilização deste procedimento, além de avaliar a citotoxicidade dos materiais, irá permitir determinar qual o efeito do produto na pele do utilizador ao nível da irritação, através da quantificação da interleucina 1-alfa (citoquina IL-1a, uma proteína que medeia o processo inflamatório ao nível da pele). O uso desta ferramenta, assim como de outras metodologias in vitro, permite a diminuição da necessidade da experimentação animal e a redução da quantidade de resíduos resultantes da prática laboratorial, indo de encontro à política 3R da experimentação animal (Replacemente, Reduction and Refinement - Substituição, Redução e Refinamento). Com este tipo de metodologias, o CITEVE pode ajudá-lo a prever a compatibilidade biológica dos seus produtos e materiais, transmitindo segurança e fiabilidade que se refletirá no bem-estar do consumidor final.

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